sábado

Com o meu dinheiro

banho de saldos. Nunca compro o que imagino. Compro sempre o que desejo.

quarta-feira

Português/Français

Minha laranja amarga e doce
meu poema
feito de gomos de saudade
minha pena
pesada e leve
secreta e pura
minha passagem para o breve breve
instante da loucura.

Minha ousadia
meu galope
minha rédea
meu potro doido
minha chama
minha réstia
de luz intensa
de voz aberta
minha denúncia do que pensa
do que sente a gente certa.

Em ti respiro
em ti eu provo
por ti consigo
esta força que de novo
em ti persigo
em ti percorro
cavalo à solta
pela margem do teu corpo.

Minha alegria
minha amargura
minha coragem de correr contra a ternura.

Por isso digo
canção castigo
amêndoa travo corpo alma amante amigo
por isso canto
por isso digo
alpendre casa cama arca do meu trigo.

Meu desafio
minha aventura
minha coragem de correr contra a ternura.


Cavalo à solta - José Carlos Ary dos Santos



Ne me quitte pas
Il faut oublier
Tout peut s'oublier
Qui s'enfuit déjà
Oublier le temps
Des malentendus
Et le temps perdu
A savoir comment
Oublier ces heures
Qui tuaient parfois
A coups de pourquoi
Le cœur du bonheur
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas

Moi je t'offrirai
Des perles de pluie
Venues de pays
Où il ne pleut pas
Je creuserai la terre
Jusqu'après ma mort
Pour couvrir ton corps
D'or et de lumière
Je ferai un domaine
Où l'amour sera roi
Où l'amour sera loi
Où tu seras reine
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas

Ne me quitte pas
Je t'inventerai
Des mots insensés
Que tu comprendras
Je te parlerai
De ces amants là
Qui ont vu deux fois
Leurs cœurs s'embraser
Je te raconterai
L'histoire de ce roi
Mort de n'avoir pas
Pu te rencontrer
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas

On a vu souvent
Rejaillir le feu
D'un ancien volcan
Qu'on croyait trop vieux
Il est paraît-il
Des terres brûlées
Donnant plus de blé
Qu'un meilleur avril
Et quand vient le soir
Pour qu'un ciel flamboie
Le rouge et le noir
Ne s'épousent-ils pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas

Ne me quitte pas
Je ne vais plus pleurer
Je ne vais plus parler
Je me cacherai là
A te regarder
Danser et sourire
Et à t'écouter
Chanter et puis rire
Laisse-moi devenir
L'ombre de ton ombre
L'ombre de ta main
L'ombre de ton chien
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas


Ne me quitte pas - Jacques Brel

quinta-feira

Passado-Presente-Futuro

e a propósito da leitura de "Fernando Namora Por entre os Dedos da PIDE" de Paulo Marques da Silva, afirmo que toda a aldeia deve ter o seu poeta. No meu caso, foi Fernando Namora.
uma passagem do livro (polémica entre José Régio e Álvaro Cunhal):
Álvaro Cunhal, defendendo que a sorte de milhares de homens depende também das reflexões sociais que os intelectuais explanam nas suas criações, continua afirmando:
[Há] artistas que [...] fazem naturalmente reflectir nas suas produções artísticas as preocupações que os obcecam. A única diferença entre estes artistas solitários é que, enquanto a obcecação destes é o próprio umbigo, a daqueles é a sorte da humanidade. Mas, quer uns quer outros, põem naturalmente a arte ao serviço de qualquer coisa: nuns, essa qualquer coisa é a vida de milhares de seres; noutros essa qualquer coisa é o próprio umbigo.
"Não se deve confundir literatura com a política ou sociologia, nem a arte literária é propaganda seja do que for" José Régio
"[...] toda a obra literária - voluntária ou involuntariamente - exprime uma posição política social e que toda ela faz propaganda seja do que for (inclusivamente do próprio umbigo)" Álvaro Cunhal

quarta-feira

Finalement


écrit par Laurent Tirard et Grégoire Vigneron. Réalisation aussi du premier.

Je voyage

«On voyage pour changer, non de lieu, mais d’idées.»
Taine

domingo

Na lista do fim do mês 26 euros (Continente)

Roberto Bolaño

Day D

11-07-2010 para tudo e mais alguma coisa.

sábado

Hoje e amanhã(s)

ser o que fui e o que sou.

sexta-feira

Comprei...

agora é experimentar.

Escritores de verão

Julio Cortázar
Juan Rulfo
D.H. Lawrence
Yann Martel
Manuel de Freitas
Jane Austen
Haruki Murakami
David Sedaris
Martin Amis
Mark Twain
Vikas Swarup
Ángeles Caso
Agatha Christie
Roberto Bolaño
Orhan Pamuk

sábado

À falta de um livro que não tinham na Bertrand

trouxe um que ainda faltava ler - Caim de José Saramago.

Pela fé, Abel ofereceu a Deus um sacrifício melhor do que o de Caim. Por causa da sua fé, Deus considerou-o seu amigo e aceitou com agrado as suas ofertas. E é pela fé que Abel, embora tenha morrido, ainda fala.

(Hebreus, II,4)

sexta-feira

Frisson à J A

manhã: beijo na testa=gostei

tarde: um cigarro partilhado=não voltei a fumar

quinta-feira

O mês

em que eu nasci e disse adeus.